.

.

terça-feira, 13 de março de 2018

O GOSTO DA SOLIDÃO


O GOSTO DA SOLIDÃO
     Carlos Machado

Gosto de solidão,
De correr pensamento arredio
Sem açúcar, sal e frio
Sentir-se triste controla a alma
Inibi a fala, que se cala
A solidão brota orbes imagináveis
Que não são vistos na realidade
Sendo eu sou imbatível
cantilenas não inquietam
O bem ou o mal não infestam
Nada afeta-me, anfetamina
sou único, inatingível
Sou eu, cheio de pecados e infernos
Que chuva lava no inverno
Sou o que sou na solidão
Sou respiro, sou livre, sou vivo
Não agrado para ser preciso
Se sou dejeto pouco importa
Na solidão não preciso de vintém
Nem de ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário